Intemperismo Ultravioleta

A luz UV é responsável por toda a fotodegradação dos materiais expostos ao ar livre. A energia UV é capaz de destruir as ligações entre as moléculas dos polímeros que ao longo do tempo provocam alterações em suas propriedades mecânicas e físicas. Os testes de envelhecimento em câmaras com lâmpadas fluorescentes UV reproduzem os danos provocados pela luz do sol, como mudança das propriedades mecânicas, trincas, mudança na cor, fragilização, oxidação dentre outras.

As lâmpadas fluorescentes UV estão disponíveis em várias distribuições espectrais que variam significativamente.

As lâmpadas UVA 340 são as mais comuns e são utilizadas para simular a degradação provocada pela luz do dia. As Lâmpadas UVB-313 emitem quantidade significativa de radiação abaixo de 300nm, são utilizadas para aplicações especificas e não são recomendadas para simulação da luz solar.

De uma maneira geral a luz ultravioleta é uma forma de energia danosa para os polímeros e pigmentos. A Radiação UVA (315nm a 400nm) é responsável por alguma degradação nos polímeros e passa através de vidros. No caso da Radiação UVB (280nm a 315nm) esta é responsável pela maior parte dos danos aos polímeros e é absorvida pelos vidros.

Curva Espectral UVA 340 / UVA 351 / UVB 313 / Solar – Fonte: www.atlas-mts.com

As câmaras de intemperismo funcionam associando a luz UV a condições de umidade. Desta forma é possível simular a luz do sol e o orvalho, neste caso provocado por temperaturas elevadas. Os tempos de exposição e os ciclos dependem do tipo de aplicação para cada material. Existem ciclos recomendados para exposição de polímeros, camadas protetoras, coberturas, parte externa de automóveis e revestimentos para madeiras.

Exemplo de Cabine de UV – Fonte: www.atlas-mts.com

No intemperismo natural o raio UV e a condensação geralmente ocorrerem de forma separada. Desta forma a umidade condensa principalmente a noite e os raios UVs estão presentes na luz solar somente ao redor do meio-dia. Portanto a grande maioria dos ciclos simulam as condições luz e umidade separados, para evitar o sinergismo da união das duas forças, que não seriam próximas a realidade.

A capacidade de uma tinta ou de revestimento, para resistir à deterioração das suas propriedades físicas e ópticas causadas por exposição à luz, calor, e a água pode ser muito importante para muitas aplicações. O teste de intemperismo UV se destina a produzir alterações de propriedade associados às condições de uso final, incluindo os efeitos da luz solar, umidade e calor.

Fonte:

ASM Metals Handbook Volume 13 – Corrosion

ASM Metals HandBook Volume 13A – Corrosion Fundamentals, Testing, and Protection

ASTM G154 – Standard Practice for Operating Fluorescent Ultraviolet (UV) Lamp Apparatus for Exposure of Nonmetallic Materials

ISO 11507 – Paints and Varnishes – Exposure of coatings to artificial weathering – Exposure to Fluorescent UV Lamps and Water

ISO 4892 – Plastics – Methods of Exposure to Laboratory Light Sources